Após ser apresentado na Índia no início do ano, a Hyundai anunciou nesta segunda-feira (7) em um evento realizado em Itu (SP), o novo facelift do Creta, que traz mudanças no design exterior e interior. O SUV compacto, que nasceu em um projeto indiano, chega ao Brasil buscando manter a liderança em vendas de varejo e foca na liderança do Volkswagen T-Cross.
Assim como visto na Índia e no Peru, o Creta adota um design alinhado aos produtos globais da marca. A dianteira foi completamente renovada, com nova grade em black piano, para-choque redesenhado, faróis em LED retangulares interligados por uma barra em LED, além das setas sequenciais.
Nas laterais, há novas rodas de 16, 17 ou 18 polegadas, dependendo da versão. Na configuração de entrada, Comfort, as rodas são pintadas de branco, enquanto na versão Limited, elas são diamantadas. A traseira também foi atualizada, com novas lanternas em LED interligadas pela tampa do porta-malas, além de um novo para-choque.
O novo Creta ganhou 30 mm em comprimento, medindo agora 4,33 m, com largura de 1,79 m, altura de 1,62 m e entre-eixos de 2,61 m, similar ao Honda HR-V. O porta-malas tem 422 litros, um dos maiores da categoria.
O SUV se diferencia dos concorrentes com ângulos de entrada e saída de 19,9º e 30,3º, respectivamente.
A motorização do Creta também passou por mudanças. O motor Keppa 1.0 TGDI (turbo) flex de três cilindros, com 120 cv e 17,5 kgfm de torque, continua presente, associado ao câmbio automático de seis marchas. O novo modelo de 1.300 kg atinge até 175 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 11,6 segundos.
A principal novidade é o motor 1.6 TGDI, importado do Tucson, que substitui o antigo 2.0 aspirado. O 1.6 turbo, a gasolina, entrega 193 cv e 27 kgfm de torque, acoplado a uma transmissão automática de sete marchas.
O SUV acelera de 0 a 100 km/h em 7,8 segundos e atinge a velocidade máxima de 210 km/h, sendo o motor mais potente entre os concorrentes.
O motor 1.6 TGDI está disponível apenas na versão Ultimate Aliás, a configuração N Line, chega simultaneamente com o facelift, ao contrário da geração anterior.
O Creta conta com suspensão McPherson na frente e eixo de torção na traseira. O consumo do motor 1.0 TGDI é de 8,4/12 km/l na cidade (etanol/gasolina) e 9/12,7 km/l na estrada. Já o motor 1.6 TGDI, segundo a Hyundai, é 9% mais eficiente, com consumo de 11,9/13,5 km/l na cidade e estrada, respectivamente, sendo exclusivo para gasolina.
No interior, o novo Creta foi completamente reformulado, a partir da saída de ar. O SUV agora conta com uma tela digital integrada para o painel de instrumentos e o sistema multimídia. A versão de entrada possui um painel TFT de 4,2 polegadas, enquanto a partir da versão Limited, o painel digital é de 10,25 polegadas, assim como a tela multimídia, que oferece Apple CarPlay e Android Auto sem fio.
O novo Creta oferece diferentes opções de cores internas, como preto, preto e vermelho (exclusivo da versão N Line), preto e marrom, além do cinza escuro claro.
Em termos de equipamentos, o ar-condicionado digital agora é de duas zonas, e está disponível a partir da versão Limited, algo que só o Jeep Renegade e o Toyota Corolla Cross também oferecem entre os concorrentes diretos, mas apenas em versões mais caras.
Outro destaque é o banco traseiro, que agora conta com apoio de braço escamoteável e porta-copos. O carro ainda recebeu portas USB-C para carregamento na traseira, enquanto na frente continuam as entradas do tipo A e C. Os bancos também receberam ajustes elétricos para o motorista e estão presentes apenas na versão Ultimate.
Em relação às assistências ao condutor (ADAS), o novo Creta inclui assistente de tráfego cruzado, assistente de ponto cego, e alerta de saída segura, que avisa quando há veículos se aproximando ao abrir a porta.
Além disso, o SUV conta com piloto automático adaptativo, disponível desde a versão Platinum, sistema de frenagem autônoma com alerta, farol auto-adaptativo, assistente de permanência em faixa com centralização e detector de fadiga.
Outras tecnologias incluem câmera 360°, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, freio de estacionamento eletrônico com função auto hold, monitoramento da pressão dos pneus e seis airbags de série.
A versão N Line oferece adicionais exclusivos como ponteira dupla de escapamento, spoiler traseiro, pedaleiras esportivas, bancos em couro preto com costura vermelha, volante esportivo e luz ambiente, além de para-choques com design diferenciado.
Em termos de preços, o novo Hyundai Creta mantém os valores da linha 1.0 Turbo do modelo anterior. A versão Comfort segue com o preço de R$ 141.890, enquanto a Limited custa R$ 156.490. Já a versão Platinum está disponível por R$ 172.690, e a N-Line, com características mais esportivas, custa R$ 182.090.
A única mudança de preço foi na versão Ultimate, que agora custa R$ 189.990, um aumento de R$ 2.000. Lembrando que esses valores não são promocionais como apurado pelo Vrum.
A Hyundai deixou claro que essas mudanças ocorrem cedo — apenas dois anos após o lançamento da segunda geração — devido à concorrência acirrada no mercado de SUVs. O Creta é o modelo mais importante da marca, tanto em volume de vendas quanto em rentabilidade.
Durante a apresentação, a montadora ressaltou que essa renovação é essencial para se manter competitiva. A Hyundai, agora opera com mais autonomia no Brasil após se desvincular da parceria com a Caoa, se autodenomina “Nova Hyundai”.
Airton Cousseau, presidente da Hyundai Motors na América do Sul e Central, demonstrou confiança de que o facelift ajudará o Creta a retomar a liderança de vendas. Além disso, a marca promete seis grandes novidades em seu portfólio para o próximo ano.
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